Nucleo - Onde Tudo Acontece Тексты

Grupo: Nucleo
Música: Onde tudo acontece
Album: Fatos e Notas

Imaginem só que tempo fez...as nuvens brancas vinham, mas apesar do que, o dia D, hoje mesmo o sol nem brilhou mais e pra me adaptar ao tempo que faz eu ponho a blusa e saio. Isso rotina que, sem perceber, a rua já contou histórias, foi palco de glórias, também tristezas que há muito provocam escórias. Vou seguindo, andando, vendo, a música ouvindo, eu sou um indivíduo e os que cantam a vida estão comigo. Eu sei que na rua dó é o que ninguém quer de ninguém, viu? Sai de mim! Vêem sempre como se eu fosse um réu. Me dão o fel. Com os olhos querem dizer que alguém como eu pelas calçadas se viu. Ouvi um mano que redigiu uma letra que eu falei: Meu, mas de onde foi que esse ponto aí surgiu? E logo esse espanto caiu, se quebrou. Se a música é universal, amigo, só não tocou porque pra vida que se diz da rua sempre dizem não. Fecham as portas pros problemas desse mundo ou não? Com certeza faz pessoas boas capazes de serem comparadas a bichos de um planeta não existente. Ruins. Passam até, a seguir, roubar. Pedem muitas vezes terem sorte pra lutar. Eu não sei até que ponto eles são sérios se, pra classificar, minha aparência é o seu critério.

Independe do tempo, ruas e seus lamentos, alegrias, rotinas, seu movimento. Cada vez mais ando esperto, em paz. Dos problemas não esqueço, me interessam mais.

Mistura do que há de mau e o que há de ruim. As vezes penso se tem alguém que não é assim diferente da situação que aí está e que acredita que algo possa mudar. Pois, esta situação que acontece aqui na área, pode acreditar, realmente, é precária. Diariamente o oportuno te corrói e facilmente vão te destruir. Explica algo como ser aquele que usa e abusa de alguém, custa e pra entender ainda usa de ousadia. Ouço algo em torno, vão promessas e, se liga aí, esqueça as decepções. Creia nas percepções. Reflita sobre aquilo que tornam todas ruas dessas, todas ruins, onde de fato tudo acontece, o sobe e desce, todo o mudo vê que não tem jeito. Onde estou jamais você vai se dar bem. Eu sou daqueles que não entendem. Conte algum malaco que está entre os que vencem. Todos saem de controle e talvez roubem. Precisam de algum ($). Além de estar atrás dos outros, supõe-se que essas pessoas não eram más, se não fosse a sujeira tal que aí está. A paz que estressa tudo aquilo que é de mim, meus princípios, tudo enfim, quem diria fosse assim, sem motivo para rir. Humor provoca dor. Tiram sarro das pessoas, tiram seu valor. Julgam pelas roupas, crença, sua cor, discriminam seu pai, sua mãe, seu avô. E só o estilo dos manos já consegue responder porque a policia a toda hora te persegue. Ele está caracterizado como ladrão. Simples só porque vem de lá. Não me engane. Nesta somente ingressa o principal ponto de ataque, zuar. Tiram daqueles que não tem de onde tirar. Sofri as conseqüências dela (polícia), dos que saem só pra captar, na sua ronda, alguma grana. Não conseguem, nem vão se importar se é de bem, se tem família te esperando em casa ou se não tem. Também se vou voltar pra casa, ei cara, já não sei. Depende de tudo na rua correr bem. Com base em toda essa rotina eu já me liguei. Não pense que não vai acontecer com você. O que puder, quando puder, por aqui é assim, se o bicho pegar ´vai, então sai´...por aqui é assim, hoje é só.

Independe do tempo, ruas e seus lamentos, alegrias, rotinas, seu movimento. Cada vez mais ando esperto, em paz. Dos problemas não esqueço, me interessam mais.

Analisando o ritmo frenético das ruas, tráfego dos carros, busões lotados, eu pude perceber. Trabalhadores se submetem a condições desumanas. Aperta aqui, espreme ali, rotina toda semana. Pessoas que levam horas pra chegar ao trabalho. Pessoas que levam horas pra voltar do trabalho impacientes, compartilhando o cenário com ambulantes, vagabundos, desempregados, menores abandonados, dia a dia agitado, os preocupados que correm atrás do seu sustento. Desigualdades dignas de lamentos. Tristezas seguem e não causam mais impacto, tornando comum o que agora é de fato. Estamos acostumados e, pra variar, todos se esquecem que a rua é o palco e é onde tudo acontece.
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