Hoje é dia de esperar por hoje à noite
Sem me preocupar com o fato de estarmos ganhando pouco
Estou farto de dizer que não há sorte
Uma vez que ao lago penso em nós temos um ao outro
Sei que este lago está seco mas as lágrimas
Que perco acabarão virando chuva pra este povo
Quando anoitecer espero vê-la adormecer
E sentir a umidade de meus beijos em seu corpo
Eu não agüento mais
Exigir do além
Que molhe a face
De meu vigésimo neném
Por isso hoje
Fingirei ser alguém
Que abriu mão
Da chuva que nunca vem
Não adianta chorar por algo que não vai cessar
Prefiro então cessar o pranto antes que vire pó
E praticar o que ainda há de lindo
E viver a vida sorrindo em meio a este cafundó