De onde eu venho não sou diferente, sou mais esperto
Aprendi com o certo a ser bem diferente e viver como a rima
Ser como um sábio que no movimento rápido
Se espalha nos caminhos e te alucina
Por toda essa cidade eu vejo tudo que os olhos de cada cara
Se dispersa nas conversas das esquinas
Perversa, sinuosa, corpo insinuante, mina perigosa
A vida ensina, cada macaco faz a sua sina, na real
Eu vivo mais porque sou dedicado a cada linha,
E não me culpe por não ser o seu Jesus pessoal
Me envolvo no que faço, mas trabalho como um
Operário vivo exposto num sol de 48 graus
Podia ser mais um aprendizado da história no começo
Mas de volta ao início, a tristeza foi um vício
Predicado e destinado a me trazer de volta ao berço
Refrão
Irmão, tô de volta pra casa
Não vai acreditar, mano, quantas paradas
Trouxe mais que umas rimas na mala
Só Deus pode me julgar
Porque quando eu fui pra lá
Não sei quanto tempo levou
É o recomeço, nego
Eu tô de volta pra cá
Andei por muitos versos à procura
Fiz da minha vida uma assinatura
Vivi nos arredores mais confusos dos mundos mais obscuros
E os corredores sujos da sua cobertura
Saber ser paciente esperando e aguardando, complicando e conflitando
Confiando, nem ligando pra sua censura
Saí de perto quando vi que nada tinha a ver com isso
Parece só que nunca fui omisso
E tô de volta pronto pro que posso
Viver nos sonhos pode te trazer de novo a paz
Mas não me traz a segurança e o quanto que eu me esforço
Volto pro mundo como se fosse de Alcatraz
Vivo essa falsa liberdade, sofri pela cidade
Marquei minha carne em vão, pra muitos eu morri, pra vocês acho que não
Seguro como posso me sentir
Irmão, foi só por essas que eu cheguei aqui