Se sob o sol tudo é o mesmo
Onde mora o teu poder?
Se as estrelas se iluminam
Quem ousará se esconder?
Só há mistério no mistério de quem não consegue ver.
Você! Homem forte,
Que se perde em labirintos do poder.
Homem nobre!
Que esconde no direito o seu dever.
Já é hora!
O que vive no silêncio eu cantarei.
Quando um castelo cai por terra,
Qualquer homem é um rei.
Quando um poder a poucos serve,
Não existe mais poder.
Nem todos tem a mesma força.
Mas quem poderá julgar?
Você! Homem simples,
Que compreende o que eu digo por sentir.
Homem pobre!
Que entende que a riqueza não está aqui.
Já é hora!
De quebrar este silêncio e cantar.
Há um recado do passado
Que o presente escondeu,
E tanto o simples quanto o sábio
Tem a direito de entender,
Pois sob o sol tudo é o mesmo,
Sob a luz somos iguais.
Você! Que é tão jovem!
E se perde em labirintos do prazer.
Que é tão puro!
Mas se deixa enganar por qualquer um,
Que lhe compre, que lhe roube mais um pouco do que tens.
Você! Grande "sábio"
Que se perde em labirintos do "saber".
Que se prende,
A esquemas, a idéias pra dizer,
Que compreende,
O que não é dado ao homem compreender.