O dia vai nascendo outra vez
Ofusca a neblina minha visão
A pálida aurora se desfaz
O sangue está manchado em minhas mãos
Do mar que eu retiro o anzol
Sob o céu nublado de manhã
A vida que renasce ao pôr-do-sol
Morre congelada no convés
E então a vida que havia em outro lugar
Já não pode existir
E não havia mais um dia
A foice que desmata o seu lar
Encobre com tristeza o meu chão
A lança que devasta sem cessar
Alimenta a alma da escuridão
E então a vida que havia em outro lugar
Já não pode existir
E não havia mais um dia
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