Encontrei-te ao acaso, na luz escura da lua
Num momento audaz e meio etilizado
Convidei-te para um copo num canto da rua
Aceitaste num tom despreocupado.
Liguei-te a seguir, fizeste-te difícil
Mostrando o ascendente que sempre defendias
Contornei a resposta, marquei-te uma hora
Provaste a noite, quiseste os dias.
Rodeei as palavras com vinho perfumado
E pratos seculares de geração de apuro
E luzes de intenções não muito definidas
De um tom suave, quente e seguro.
Usei o que pude para te tirar do pedestal
Trazer-te para o mundo das pessoas normais
Conheço esse mundo vou-to mostrar
Dar-te a viver perigos reais
Dei-te as perguntas que querias responder
Criei-te as dúvidas que querias sentir
Mostrei-te o lado que não querias ver
Tiveste medo de me ver partir.
Envolvi-te em detalhes de aparente irrelevância
Em gestos de todo ou nenhum significado
Que gritaram alto na nossa distância
E te levaram a querer-me a teu lado.
Usei o que pude para te tirar do pedestal
Trazer-te para o mundo das pessoas normais
Conheço esse mundo vou-to mostrar
Dar-te a viver perigos reais
Dei-te as perguntas que querias responder
Criei-te as dúvidas que querias sentir
Mostrei-te o lado que não querias ver
Tiveste medo de me ver partir.