Sou quase lixo
Sou quase nada
Mas faço tudo sem ser nada
Sou quase lixo
Sou quase nada
Mas estou inteira e preparada
Os fiordes preservam os corações gelados
Vivem mais mas não sentem
Não se sentem obrigados
Não enrugam mas mentem
Sou quase terra
Sou quase lava
Sou quase perfeita
Sou quase eleita
A fina flôr do pântano
No regaço trago à água
Ouço palmas, desce o pano
Correu bem ? ou foi engano ?
A água sobe ao cântaro
O meu recanto sob a água
Um passo atrás, de volta à casa
Sou o átrio nunca a sala
Sou quase lixo
Sou quase nada
Mas faço tudo sem ser nada
Sou quase lixo
Sou quase nada
Mas faço tudo sem ser nada
Mas o futuro não sabe o nada