Eu vi um muleque pedindo esmola
E ele dizia: Senhor por favor colabora
E Deus que ajude a sua familia
Queria não estar aqui
A se não fosse a barriga vazia
Dura luta do dia-a-dia
Às vezes me sinto tão inferior
Mas preto, rico, branco, pobre
São todos iguais aos olhos do Senhor
Eu fico pensando comigo
Será que é castigo ser um miserável?
No livro de Deus tá escrito:
Cofia em cristo que tu será salvo
Assim vivo de confiança
E diz que criança é nosso futuro
Em meio a fome, matança
A minha esperança é ficar sobre o muro
Mas tenho um fé que me move
Que aconteça o forte a todo mal
Se não seria mais um loco, portando um revólver
Varrendo geral
Peço que não tenho medo desse meu jeito malandro de ser
Confesse não tá acostumado
Não é o que mostra a você na TV
Pois creço na escola da vida
Onde a saída aponta pro crime
Escola da vida bandida
Comprar sua pipoca e viver esse filme
A se eu tomasse de quatro
E seu carro importado pegasse de terno
No jornal seria colocado:
Muleque bolado nascido do inferno
Eu vejo o moleque fazendo sua correria
Pra sustentar a sua familia e ter o que comer
Ele sai demanhã
Bolado com tudo e com todos
Revoltado com toda miséria
Vai retornar à favela
E ser o bam-bam-bam
No primeiro dia de trampo a sua ferramenta
É uma arma violenta
Malandro nenhum tenta intimidar
Denoite ele chega em casa
No bolso 50 ou 60 reais
Dinheiro que sua mãe lamenta
Mas tem que pegar
Ele disse: Mãe aceita o dinheiro que hoje eu lhe trago
Confesso não foi suado
Mas fome em casa ninguém vai passar
E se por um acaso mãe eu morra baleado
Foi culpa desse sistema
Não vá me culpar
Ô mãe
E se por um acaso mãe um dia eu morra baleado
Foi culpa desse sistema
Não vá me culpar
Eu vejo o moleque fazendo sua correria
Pra sustentar a sua familia e ter o que comer
Ele sai demanhã
Bolado com tudo e com todos
Revoltado com toda miséria
Vai retornar à favela
E ser o bam-bam-bam
No primeiro dia de trampo a sua ferramenta
É uma arma violenta
Malandro nenhum tenta intimidar
Denoite ele chega em casa
No bolso 50 ou 60 reais
Dinheiro que sua mãe lamenta
Mas tem que pegar
Mãe aceita o dinheiro que hoje eu lhe trago
Confesso não foi suado
Mas fome em casa ninguém vai passar
E se por um acaso mãe eu morra baleado
Foi culpa desse sistema
Não vá me culpar
Ô mãe
E se por um acaso mãe um dia eu morra baleado
Foi culpa desse sistema
Não vá me culpar
Mas se por um acaso mãe um dia eu morra baleado
Foi culpa dessa policia
Não vá me culpar
Ô mãe Ô mãe
E se por um acaso mãe um dia eu morra baleado
Foi culpa dessa policia
Não vá me culpar
Eu vejo o moleque fazendo sua correria
Pra sustentar a sua familia e ter o que comer
Ele sai demanhã
Bolado com tudo e com todos
Revoltado com toda miséria
Vai retornar à favela
E ser o bam-bam-bam