Funkero:
Na solidão da selva de cimento eu ainda me lembro
Vários manos se foram num tempo de sofrimento
Eles são estrelas, estão no firmamento e tão de longe
observando o meu prosseguimento
Eu sigo vestido com as roupas e as armas de Jorge
Tô vivendo tranquilão sem pegar mais num revólver
tô correndo atrás de um sonho desde 99
tô lutando contra o tempo enquanto o mundo se move
(já era)
Tem muito vagabundo que não entende que um dia
eu tive que perder minha mente pra aprender usar minha
mente
Olhei pra mim mesmo, procurei minha alma
tentei achar minha fraqueza acabei achando minha
calma
Sim, meu sangue é guerreiro não vou deixar de lutar
minha raiz tá no chão mas tenho asas pra voar
Nenhuma dificuldade vai me impedir de sonhar
Não existe um lugar no mundo que eu não vá alcançar
Na solidão da selva, da rotina da floresta
com a lucidez que resta pra afastar o que não presta
Tentando manter minha fé, manter minha liberdade
na febre da selva, cidade da maldade
Refrão:
Selva urbana
Selava de grana
Selva de gente
Selva de fama
Selva urbana
Selva de pedra
Psicose, febre da selva
No meio de vários falsos sempre tem um real
as minas vive dizendo que eu não valho um real
tô ficando mais pixado que nota de um real
eu meto a mão no meu bolso nunca acho nem um real
Na lei da selva, entre o dinheiro e a dor
eu sigo meu caminho, tô procurando amor
Posso tá no chão ferido, eu ainda não fui vencido
A febre da selva já quis acabar comigo
Mas cobra criada não pega sapo no chão
nem arma bote pra nada, só come o que vem na mão
Eu tô vivendo e vivão, aprimorando os meus versos
com o pé no mundão e a mente no universo
Dando um rolé com Ike, Tapechu, Zé Bolinho
Vendo a Babilônia cair, fumando um boldinho
Lutar pra não morrer, essa é a lei da selva
tô vendo a luz da vida ela tá dissipando a névoa
A escuridão me quer mas vai ficar querendo
que eu não jogo pra perder na selva de cimento
Levando no talento, usando o coração
humildade e disciplina pra todos os meus irmãos da...
Refrão:
Selva urbana
Selava de grana
Selva de gente
Selva de fama
Selva urbana
Selva de pedra
Psicose, febre da selva
Pai Lua:
Na selva de concreto o que manda é a lei da
sobrevivência
escute mais e fale menos
não se iluda com aparências
Se liga só,
Na atividade eu tô na trilha, o que não falta é
armadilha
pra seguir o caminho errado tem um monte botando
pilha
Você não entende, nem tudo é o que parece ser
então fique preparado pro que possa acontecer
Aqui é tudo de repente, o clima muda na hora
Não te chamou pelo nome, ignora, vai embora
É foda, é como pisar num campo minado
pisou no local errado tudo estoura (pow pow)
A selva te vigia 24 horas por dia
As espécies mais venenos já conhecem sua família
nego pára pra ver quando passa sua filha
e tem gente que se humilha e gente que faz guerrilha
Então irmão, não peida não, tá todo mundo cercado
não abandono a missão pra qual fui convocado
Estilo franco atirador de rap camulflado
da selva sou morador e no rap eu faço o relato
Refrão:
Selva urbana
Selava de grana
Selva de gente
Selva de fama
Selva urbana
Selva de pedra
Psicose, febre da selva
Nessa cidade as ruas são como selva...
O ritmo é febroso, as ruas são como selva
O ritmo é febroso na selva de pedra como verdadeiros
loucos
na selva de pedra como verdadeiros loucos...
O ritmo é febroso as ruas são como selva...
como selva...