Uma voz, duas vozes, outras vozes
Milhões de vozes, cosmopolitismos
Gritos de feras em paroxismos
Uivando subjugadas e ferozes
É a voz humana em intérminas nevroses
Seja nas concepções dos ateísmos
Ou mesmo vinculada a gnosticismos
Nos singultos preagônicos, atrozes
É nessa eterna súplica angustiada
Que eu vejo a dor em gozos, insaciada
Nutrir-se de famélicos prazeres
A dor, que gargalhando em nossas dores
É a obreira que tece os esplendores
Da evolução onímoda dos seres
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