Quer ser ligeiro pra cima de maloqueiro
Tô balançando na rede e de olho no tabuleiro
Mexem nas peças se tu tiver vacilando
Savana cinza infeliz quer morder mas não tá caçando
Primeira brecha dou o bote e levo embora
A caça pra minha toca, todo o bando comemora
Porque tem fera que late, late e não morde
Então pergunta por aí se nossa mordida não é forte
Não faz o teu mas bota o olho no que é meu
Porque é mais fácil não enxergar quem corre atrás e mereceu
Brinca com a tocha que mantém a gente quente
Que depois não vai ter água pra apagar o que tu acende
Fumaça sobe e o sol escorre na ferida
Que arde enquanto me vejo num beco sem saída
Até me abalo mas não importa o que aconteça
Podcre que o bicho aqui tem bem mais de 7 cabeça
Desenrolo e tu leva só na vida mansa
Me esfolo é na raça, sem carta na manga
No instinto me jogo savana a dentro
Não minto ela é cinza, e isso eu lamento
Conheço o jogo, sem novidade
Eu corro atrás e não vou passar vontade
O que te importa realmente da forma de olhar o mundo
Três olhares diferentes que definem o alcance todo
Profundo olhar da carne, olho físico, estrutural
O aparante ver por ver e na pior deixam no lodo
Bem refinado, visão mais racionalmente
Gente que não é dá gente o "ver pra crer" é o da razão
Cinza savana, árduas semanas ranzinzas
Ver além mantém acesso olhar da minha contemplação
O baque é forte, noiz sacode e se levanta
Nunca perco as esperanças do amanhã que vai nascer
Meio grilado com papos, atos, safados
Misericórdia em volta de quem só faz por merecer
No bate-pronto, driblando, passo nos flancos
Me garanto no raxão, é o jogador que vai ganhar
Nessa nada mole vida, alma mole, vida dura
Num dia a gente perde, no outro logo vai apanhar
Caça bruta, conduta, eu faaaaaço
Maumbu, xeque-mate, abraaaaaaço
Alegrias e dores, acertos e erros
Tô com os meus querendo espaaaaaço
É o que tá teno no momento sigo atento
Pensamento tá sereno e o paladar adormecido
Seu lamento teu pedido na savana tá fudido
De havaina pelegrino vai dosa seu comprimido
De cara pro vento, trovejadas e tormentos
A presa tá no dente e o meu jantar tá garantido
Com a mente atenta, os bico tão alado
Os monstro se alimenta, nervoso e entocado
Ratazanas e largatos, cenário cinzento, nojento, escasso
Trilhas de ossos, destroços e rastros
Selvagens matilhas mastigam os pedaços, quem que vai aguenta?
Aqueles que tinham poder não tiveram o dever
Pediram pra te e não vai te pra troca, temporada de caça?
Sou predador no habitat natural
Savana tá cinzenta e Maumbu tá em solo nacional
Ocasião ocasional
Cêis vão paga pra vê, que essa praga vai desce
O céu já tá fechando e é melhor vocês corre
Na savana tem quem mata e tem quem morre
Da selva de concreto quero ver se você foge
Na savana tem quem caça e tem quem corre
Só que aqui o caçador tem que pagar o que consome
Vejo carcaças de zumbi estiradas pelo chão
Dia de surto nublado, misericordia em extinção
Tamo sujão, tiuzão, tamo sujão
Babilônia tá pegando fogo, vejo flechas de ironismo, ao meu retorno
O clima tá intenso e vão pendura seu coro, haha, pique besoro
Me misturo com os piolho, cuidado, hoje as hiena leva os bobo, ho
E não vai ter sobra, há, o vento poluído entro na sua fossa nasal
E apodreceu sua memória, o território desgastado e a vegetação tá rasa
Nessa selva tão cagando pra sua gramática, porque eles tem mais o que fazer
Sistema mercenário e quem não tem vai fazer acontecer
Eu to com foooome, Eu to com fooome
Cadê o alimento pros seres humanos que só sofrem
Eu to com foooome, Eu to com fooome
Depois não sabem porque us bacanas somem
Cenário abstrato, entre cobras e lagartos
Por aí, sai, me escondi, e na sombra, queto
Fiquei na ativa de dia tô fechado e anoite imune a parasita
Aaah savana cinza com a minha tribo me jogo
Desce a dose no meu copo corrento pelo certo e cravado com Hórus