E o jogo é sujo, movimentos sórdidos
Mesmo com merda no ventilador, permanecem sólidos
Não vim aqui pra ficar quieto, na surdina
Falta exemplo de conduta irretocável igual Erundina
O mundo é cash, cifrão, só cash-cash
Propina, caixa 2, milícia, laranja, Odebrecht
Bobo da corte somos nós, brasileiros
Povo contribuinte, tratamento corriqueiro
Desordem no palanque, severo sistema
Te sufoca como se tivesse tendo enfisema
Me falta ar de você querem uma lasca
Enganam na caruda, te atropelam igual nevasca
Só casca de ferida, nosso país se afunda
Nos olham torto/feio me sinto como O Corcunda
Política na tumba, envolta um grande estorvo
Assassinaram o canarinho, sob a cova tá o corvo
Veja esse cenário, um imensidão vazio
Tudo tão errado, milhares passam frio
Docente sem salário, criança com fuzil
Em meio ao temerário nesse mundo sombrio
Farra dos Guardanapos, compra de votos, hobbie
Mais um desmascarado no esquema COI e COB
Não vou ficar calado, voz ativa, menestrel
Milhões engavetados nas malinhas do Geddel
Cruel surrupiar merenda de nossas crianças
Uns lutam pelo povo, outros em encher poupanças
Constrangimento é lenda, nossa justiça é branda
É o conto do vigário, mascarado em propaganda (Políticaaa)
Então levanta e anda que o buraco é mais embaixo
É a tropa Cabral/Nuzman desferindo golpe baixo
Não me encaixo em falcatrua, desrespeito com a nação
Politicagem leva o Brasil na contramão
Quadrilhão roubando a cena, facínoras no ataque
Show de horror lá em Brasília e que rufem o atabaque
É um baque perceber caráter zero no Palácio
Quem é mais bandido, Rafa Braga ou Luiz Inácio?
Veja esse cenário, um imensidão vazio
Tudo tão errado, milhares passam frio
Docente sem salário, criança com fuzil
Em meio ao temerário nesse mundo sombrio
Desordem e retrocesso, epóca de Barrabás
Conservador oprime Jesus trans viver em paz
Petrobras afunda em crise, vivemos em modo arcaico
Ser gay virou doença, abandonaram o Estado laico
Só discurso de ódio, homofobia agride
Qual o problema a pessoa gostar do mesmo cabide?
Mortes premeditadas, vingança, assassinatos
Feminicídio por dia é o que mostra nosso retrato
Estupefatos nós estamos, andamos na marcha lenta
Contra a maré remamos, lutamos contra a tormenta
Polícia é violenta, é fato o estado crítico
Honra ao mérito é balela, baseado no político
Corrupção no auge, chega desse domínio
Enquanto houver sujeira, viveremos em declínio
Extermínio a toda corja, que forja levar o bem
Lá se vai outra promessa, lá se vai outro refém
Veja esse cenário, um imensidão vazio
Tudo tão errado, milhares passam frio
Docente sem salário, criança com fuzil
Em meio ao temerário nesse mundo sombrio