Sempre é cedo quanto estamos seguros
Quando a luz se acende em nosso quarto escuro
Vendo o sol gigante se espremer pelos furos
Os andares frouxos, cada qual um futuro
Tudo, tudo é tão distante
Ouve a maré deixa o som fluir
A areia e seu tom a descolorir
Nada, nada é como antes
Tudo é madrugada
Sempre é tarde quando estamos tão fartos
Os olhos abertos a vagar pelo quarto
Um estranho atento, procurando espaço
Nosso corpo adentro se remexe num parto