Eu vou andando pela rua
Toda serelepe e assanhada
Quando de repente percebo
Que estou sendo observada
Não quero ser estuprada
Voltar pra casa arregaçada
Com a xoxota toda assada
Eu to com medo
Não há como escapar
Não há pra onde correr
Do olho do tarado
Do olho do malvado
Ele quer me abocanhar
Quer me comer
Olha lá o tarado
Ele quer me devorar
Eu vou andando pelas montanhas
Cortando caminho
Eu ando pelo túnel
E corro pelo bequinho
Só quero chegar em casa
Sem nenhuma meleca
Pra quando o namorado chegar
Ele querer minha xereca
Não há como escapar
Não há pra onde correr
Do olho do tarado
Do olho do malvado
Ele quer me abocanhar
Quer me comer
Olha lá o tarado
Ele quer me devorar
Não há como escapar
Não há pra onde correr
Do olho do tarado
Do olho do malvado
Ele quer me abocanhar
Quer me comer
Olha lá o tarado
Ele quer me devorar
É uma dureza fugir dos tarados da rua
Eles comem a moita
E depois uivam pra lua
Eu não quero morrer toda arreganhada
E depois aparecer no jornal
Não há como escapar
Não há pra onde correr
(Olha o olho do tarado)
Do olho do tarado
(Olha o olho do malvado)
Do olho do malvado
Ele quer me abocanhar
(A cara do tarado)
Quer me comer
(Foi ele que me estuprou)
Olha lá o tarado
Ele quer me devorar