Lá vem o meu rio menino,
Água boa e leito branco,
Remanso de todas as flautas,
Verdume de todas as margens.
Lá vem o meu rio menino,
Bêbado de nuvem e visagem
Espumando zanga nas ruas,
Tremor de preces pelos ares.
Lá vai o meu rio menino,
Boi sábio em passo de cobra,
Leva vento, manhã e noite
Como companheiros de viagem.
Lá vai o meu rio menino,
No seu lombo lindas aves,
Tem no mar um velho amigo
Que o acalenta quando dorme.
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