Ainda quando menino
Conheci o lampião
Virgulino e seu destino
Cangaceiro do sertão
Ele matava e destruía
Sem motivo e sem razão
Pra quem não te conhecia
Esse era o Lampião
Cangaceiro do sertão
Cangaceiro do sertão
Cangaceiro do sertão
Cangaceiro do sertão
Essa seca que castiga
Minha água já secou
O deserto escaldante
Foi tudo que me restou
Nessa terra já plantei
Fui um grande agricultor
Hoje só vejo a fome
Desse povo que sofredor
Já rezei quinhentas preces
Meu São Pedro não esquece
Eu pedi ao criador
Pra mandar uma enchente
Pra ajudar toda essa gente
Que sempre acreditou
Sertanejo cabra macho
Tu és um batalhador
Sempre com honestidade
Seu pai assim te criou
Nunca foge do trabalho
Enche tuas mãos de calos
Cabra macho sim senhor.