Luiz de Castro - Indecente Тексты

Chegou e foi logo dizendo prá que veio
Foi logo dizendo que não veio tomar cafezinho e blábláblá!

Mando que eu soltasse o cabelo remexendo
Dizendo que é macho e mulherengo
Soltei o cabelo e remexi

Mandou que eu tirasse o sapato, pé pro alto
Fazendo que nem se faz na noite
Streaper de zona da Maré

Mandou que eu desabotoasse minha blusa
Que eu tirasse a blusa espreguiçando
E rodopiando devagar

Sentou e foi logo ficando vermelhudo
Com cara de índio botocudo
Querendo morder o que pintar

Falou pr'eu abaixar o fecho Eclair da saia
E mexesse que nem uma lacraia
E a saia desceu até o chão

Os olhos do cara ficaram esbugalhados
Os cabelos do corpo arrepiados
A boca babando prá valer

O home fungava que nem um lobisome
Me olhava que nem leão com fome,
Me olhava que nem um carcará

ÔÔÔ! Chegou, olhou, fungou, nem disse alô
Mandou, esbugalhou, arrepiou,
Continuou...

ÔÔÔ! Rosnou, babou e lobisomiou
Vibrou, avermelhou e até inchou,
Se transformou

Depois que ele disse no ouvido prá que veio
Repetiu bem alto que não veio tomar cafezinho e blábláblá

E eu que pensava que fosse uma santinha
Só 'tava de sutiã e calcinha,
Já bem sacaninha, veja só!

E o clima já 'tava ficando efervescente
Até meu olhar era indecente
E o meu rebolado de matar

Então resolvi que era hora, tirei tudo
Fiquei peladinha ele mudo
Com cara de que se assustou

ÔÔÔ! Na hora agá o home se engasgou
Olhou, pensou, pensou e avermelhou,
Se transformou

ÔÔÔ! Na hora do jantar ele enjoou
Olhou, pensou sem graça... então frangou
Desmunhecou... se mandou!

Eu tô que tô!!
Этот текст прочитали 157 раз.