A donde carinho,
Guardaste os carinhos que me prometeu?
E do amor que tu tinhas,
Não quero ilusão,
Pois teu coração, de mim se esqueceu.
Talvez o culpado deste amor gastado
Até seja eu...
De tantos regalos,
Assim a entrega-los...
Busquei nosso adeus!
Te lembra da égua mimosa bragada
Que pelo cabresto tu tanto gostou.
Entreguei rucina, bem mansa e domada,
Na linda bragada teu selim sentou.
E o pala encarnado de trama argentina
Na mão do mascate entreguei um platal.
Comprei o vestido da chita mais fina
e com as alpargatas te dei de natal.
Y aquel cutillito de alpaca gravado
Do teu doce amado, entreguei com uma flor...
Y el entre tantos, que irá recorda-los,
e assim com regalos reguei nosso amor!
Talvez o destino que trança caminho,
Não quis no ranchinho plantar uma flor...
Se foi o romance das noites charruas
Com raios de lua e juras de amor!
Que culpa minha vida se a vida é assim!
Veja em nosso jardim o que foi cultivado...
E a dor da suadade, que clava na gente,
Germino da semente... Do amor gastado!