Com fios feitos de lágrimas passadas
Os meninos do Huambo fazem alegria
Do céu puxando as
Cadentes
Mais bonitas
Com os lábios de dizer nova
Poesia
Soletram as estrelas como
Letras
E vão juntando no céu
Como pedrinhas
Estrelas-letras para
Fazer novas palavras
E vão juntando no céu
Como pedrinhas
Estrelas-letras para
Fazer novas palavras
Os meninos à volta da fogueira
Vão aprender coisas de sonho
E verdade
Vão aprender como se ganha
Uma bandeira
Vão saber o que custou a liberdade
Com os nomes mais lindos do planalto
Fazem continhas engraçadas de somar
Juntam FAPLA com flores e com suor
E subtraem manhã cedo por luar
Dividem a chuva miudinha pelo milho
Multiplicam o vento pelo poder popular
Os meninos à volta da fogueira
Vão aprender coisas de sonho
E de verdade
Vão aprender como se ganha
Uma bandeira
Vão saber o que custou a liberdade
Palavras sempre novas, sempre novas
Palavras deste tempo sempre novo
Porque os meninos inventaram
Coisas novas
Que até já dizem que as estrelas
São do povo
Porque os meninos inventaram
Coisas novas
Que até já dizem que as estrelas
São do povo
Os meninos à volta da fogueira
Vão aprender coisas de sonho
E de verdade
Vão aprender como se ganha
Uma bandeira
Vão saber o que custou a liberdade
Assim contentes à voltinha da fogueira
Soltam ao céu as estrelas já escritas
Novas palavras p'ra fazer redações
Capango, Assis, Bandeira ou Machado
Para os meninos também
São constelações
Constelações que brilham
Sempre sem parar
Palavras deste tempo sempre novo
Multiplicam o vento pelo mar
Porque os meninos inventaram
Coisas novas
Que até já dizem que as estrelas
São do povo
Porque os meninos inventaram
Coisas novas
Que até já dizem que as estrelas
São do povo
Os meninos à volta da fogueira
Vão aprender as coisas de sonho
E de verdade
Vão aprender como se ganha
Uma bandeira
Vão saber o que custou a liberdade