A galope, a madrugada,
Esquenta o pago e o coração.
Já que a seiva (invernada),
Não desfaz a ilusão.
A quem nos deu alento,
De sustentar a decisão,
De buscar novas paisagens
E não viver de paixão.
Ah, se eu pudesse colorir a solidão,
Que cor teria essa pintura?
A saudade, o velho mate,
O fim da tarde,
Não caberiam na moldura.
A distância é meu lamento,
Lamentar é opção,
Da fuga do tormento,
Sou a própria exclamação.
Oh, minha amada, és minha sina,
E a amizade, não nos tem,
Se o amor nos traz brigas,
Essa paz não nos convém.
Ah, se esse conto terminar,
Que termine logo cedo e sem tortura,
Se a razão nos faz chorar
Miloncolia não tem cura.