O homem caminha na velha estrada
E a vida acelera na contramão
O tempo que move o motor escoa
Pelos canos na razão
Pessoas em casa se procurando
Veneram imagens de algum lugar
Janelas abertas pro mundo inteiro
Sem um sol pra iluminar
O homem via de pé novos dias sem fé e sem dó
Desenhos na ponta de uma caneta
Atiram em tudo que se mexer
E o suco de outra laranja escorre
Muito antes de morrer
Dinheiro matando e comprando vidas
Pecados que levam à salvação
Estrelas em busca de qualquer brilho
Presas na escuridão
O homem via de pé novos dias sem fé e sem dó
Petróleo boiando no oceano
Cardumes e o medo da inundação
Insetos em terra comemorando
Pólens da poluição
O homem via de pé novos dias sem fé e sem dó