Aê, deixa falar, nem comove, na guerra
Sei que tá com nós, (eu sei) quem não ramela
Vejam só, Ruína 2, complexo, Arezona
Mantendo a dignidade os falsos vem à tona
Eh, desacredita, quer fazer com que eu desisto
Um fracassado, um covarde, um vendido (não!)
Tô envolvido, para os bico contrariar
Tempos vão, a moda muda, a postura vai ficar
Dois mil e quinze, Império dos Guerreiros na frequência
Surpreendendo, quem apostou na desistência
Danem-se, a modinha ostentação
Pra mim não, não condiz com a minha realidade não
Nem com a do gueto, não é assim
Todo dia, na corrida, eu vou cantar
Que tá de mil, que porta o Captiva
Jamais, eu sou real, eu sou, eu sou é favela
IG, sem falsidade, maquiagem, sem dar guela
Pensa que tá bom, não, se ilude não
Nessa vida, tudo vai, tudo fica, BUM!
Nessa de querer pagar, instigar os mais humildes
Moleque aqui de 13 envolvidão no crime
Foi atrás das Lacoste, foi atrás das Hollister
Na sequência das 1100 portando os revólver
É assim que é, disposição aqui tem
Bicho solto para buscar, de mente maquiavélica
Aos Frankenstein que o sistema cria
Instigou, transformou vários monstros em terroristas
Tem quem da voz a (???), da voz a favela
Tem quem a discrimina, tem quem morre por ela
Tem quem só quer pagar, outros vão protestar
Tem quem vai revolucionar, outros só faturar
(Adriano)
O que mil não prometer, do que uma prometer ces não cumpre
Mil não prometer, do que uma prometer ces não cumpre
Demorou mais aprendi
Quem são, Império dos Guerreiros
Não vive na ilusão, nem te ilude por dinheiro
Quem são, Império dos Guerreiros
Favela, gueto, antes de tudo verdadeiro
Fama vários tem, sucesso assim nem quero!
Cuspiu no barro, jogou no meu olho
Mandou lavar, enxerguei, a loucura dos loucos,
Fogos que cortam o céu, gafanhotos que devoram a água
Que vira sangue nos jardins que não tem rosa
Região do Barreiro, nortão de Ibirité
A morte carnal é certa, já a espiritual não é
Pra mim nunca foi utopia, o bem vencer o mal
É o que rege os "Atalaia" no extremo oeste da capital
Pelo meu povo que é sofrido, humilde, sem informação
Mas sabe que a Taurus não sai bala se não por ela de cão
E mete as caixas na Montana, e desfila pela rua
E toca o som que incita sua filha a ser prostitua
Jet ski na carretilha, no reboque da Frontier
Brilha os olhos da favela, e a favela vai querer ter
E na estratégia vai de Monza, e encosta até Nerem
Mete os bico, Robin-hood, mantendo a lenda de pé
A de 12 louca de lança-perfume te atrai
Cê cai no canto da criança e ainda vem pedir paz
O louco aqui é lavado pelo sangue do cordeiro
Descendentes de Herodes, fariseus não me põem medo
Que vai de sem mandato, pé na porta não traz paz
Hollipanther, calça bera, faz chora mãe, chora pai
Por isso não prostituo só, psicografado
Pra honrar nossos ancestrais sou "kamikaze" no anonimato
O meu som não é pagão que embala as noites da zona sul
É martelo da justiça e vai catando um por um
Você estuda, pesquisa, faz até faculdade
Pra entender o motivo que faz de nós não ser covarde
A saliva do mendigo, o vômito do cachorro
Se pra você é a mesma coisa, tu vives mas tá morto
Sei que a fama aos mais de cem compra você e suas cria
Mas não, Império do Guerreiros, líderes da quadrilha