Aparício era um índio largado morador lá da costa da serra
Malandrão muito namorador nos fandangos lá da sua terra
Quando ia dançar vaneirão só dançava bem agarradinho
Era só na base do apertão e a mulher reclamava baixinho
(Não aperta Aparício, não aperta não aperta Aparício, não aperta
Não aperta Aparício, não aperta que esta história vai ser descoberta)
Se o velho meu pai está espiando dá peleia e dá morte na certa
( ) Int.
Certas horas o tal de Aparício foi dançar uma vaneira marcada
Convidou uma morena gorducha que por ele estava apaixonada
E o salão tava muito apertado era só naquele pega e puxa
Aparício dançava e pulava e apertava a morena gorducha
Não aperta Aparício, não aperta não aperta Aparício, não aperta
Não aperta Aparício, não aperta dava gosto de ver esta cena
A morena empurrava o Aparício e o Aparício puxava a morena
( ) Int.
De repente o velhão da gorducha era um tal de Maneca Porpício
Sapateava e gritava na sala hoje é eu que aperto o Aparício
E traçou-lhe o tatu no candieiro e o baile ficou no escuro
Só se ouvia cochichos das velhas e mulher que gritava em apuro
Aperta Aparício, aperta aperta Aparício, apertaAperta Aparício, aperta só se ouvia gritar ala pucha
O Porpício apertava o Aparício e o Aparício apertava a gorducha