Neste meu canto têm os momentos mais nobres
E se uso rimas pobres, vem da alma meu cantar...
Se falo em campo, relato meu cotidiano,
Esses costumes pampeanos de quem sabe camperear.
Neste meu canto eu sou parceiro dos ventos,
Se falo de sentimentos eu respeito a dor alheia...
Falo de paz, do amor e de um mundo novo,
De nada adianta prá o povo ficar falando em peleia.
Canto alegrias e também momentos tristes,
A poesia não existe se não tiver emoção...
Pois, o meu verso não anda caçando rima,
Qualquer palavra combina, se brota do coração.
Neste meu canto, falo da arte genuína,
De campo, cavalo e china, cenário dos meus pendores...
Falo de rancho, vida simples desta terra,
Em vez de falar em guerra, prefiro falar das flores.
Falo de mates, irmanado os companheiros,
E do toque dos gaiteiros, rodeando um fogo-de-chão...
Um bom gaúcho divide tudo o que sabe,
Pois o mundo todo cabe no aconchego do galpão.