Assim desperto teu sono
Quando batendo tição
Reavivando tuas brasas
Que é catre nas casas
De um fogo de chão
O calor da tua existência
E teu semblante de luz
Colore as madrugadas
Contra o frio das geadas
Que o agosto conduz
Labaredas que dançam
No estalar do espinilho
Vem mostrando seu brilho
A quem mateia na volta
O pai de fogo de escolta
Vem espalhando as brasas
Fumaça ganha asas
Sobe ao céu em revolta
Um picumã ainda aceso
Se levanta encarnado
Serpenteia matreiro
Com ganas de luzeiro
Desdobrando um bailado
Há quem se perca no fogo
Que a clareia a noite calma
Na rubra tez de seu templo
Trazendo cores e alentos
Me aquecendo até a alma