Sai por aí para não endoidar
A perda é embaçada e se você vacilar
Fica em casa preso a tristeza
Mas a vida segue e com certeza
O tempo não para, não
Pra você concertar o seu coração
Mas o desejo daquele que partiu
É nos ver vencer, prêmio de quem reagiu
É duro aceitar a morte de um ente querido
Tudo parece ficar sem sentido
Você ver que o material é futilidade
Não preenche o vazio, nem a saudade
Aí que pensamos nos momentos vividos
Poderia ter me desprendido
E curtido mais e vivido mais
Mas agora passou ficou pra trás
O que resta para os vivos é continuar
E a perda superar
O que resta para os vivos é continuar
E sempre melhorar
Chega de chorar, chega de luto
Agora é pensar nos vivos cada minuto
Viver de maneira intensa
No caixão não tem recompensa
Não dar pra fazer mais nada
Levantar e reagir essa é a parada
Depois que o pó retorna para o pó
Segue o juízo de Deus, veja só
É bom deixar as pessoas que amamos
Com boas palavras porque ganhamos
E se for a última vez que a vemos
Com remorso não ficaremos
Foi bom sair e refletir um pouco
Já estava ficando louco
O que eu posso fazer é honrar a memória
E fazer o melhor na minha trajetória
O que resta para os vivos é continuar
E a perda superar
O que resta para os vivos é continuar
E sempre melhorar
O que resta para os vivos é continuar
E a perda superar
O que resta para os vivos é continuar
E sempre melhorar
O que as suas mãos tiverem que fazer, que o façam com toda a sua força, pois na sepultura, para onde você vai, não há atividade nem planejamento, não há conhecimento e nem sabedoria
(Eclesiastes 9:10) da escritura sagrada