Deixou a sua terra decidida
A fazer a vida na cidade grande
Quantos sonhos de menina acalentava
Ser alguém, vencer e então voltar feliz
Não contava certamente iludida
Com a esquina do cruel e certo acaso
Num domingo na paquera da avenida
Um moleque arrasou a sua vida
E o sonho da menina acabou
Hoje esse homem nem se lembra
Que no banco do seu carro conversível
Dominado pelo vício ou coisa assim
Uma menina inocente ele forçou
Lá se foi aquele sonho tão bonito
De voltar para os seus pais com dois anéis
Não se formou, não se casou, o que fazer
Se hoje é a deusa de ricos motéis