Joe Sujera - Placebo Тексты

E era só placebo, percebo, que nunca fez efeito
Eu tentei dar um jeito mas não resolveu
Coloco a culpa em quem? A culpa é de ninguém
Na real nunca fez bem, você não percebeu

Quis me calar com água doce?
Mas bagunça trancada é perigo
É bomba relógio por rolha de vinho no cano da doze
Dose de paz de mentira me tira do jogo agora
Surdez não é silêncio e a consciência ignora
Livre-se de mim, me deixe livre se te conforta
Abriu a porta de curioso e agora tranca?
Pensamento não se estanca

Placebo é cura pra medo se o alter ego é arma branca
Buscar um enredo faz refém do samba
Então trate de por na minha lapide. Algum tipo de frase que
Explique que uma personalidade aqui
Se não tem mordaça é ameaça
O efeito passa e eu volto a ser problema
Sua doença sem cura ninguém se aventura
A entender. É papo de ciências escuras
Loucura ou psicose. Rodrigo vai dormi
E como de costume, agora o sujera assume
Até a próxima dose

De placebo, percebo, que nunca fez efeito
Eu tentei dar um jeito mas não resolveu
Coloco a culpa em quem? A culpa é de ninguém
Na real nunca fez bem, você não percebeu
Era quase uma fuga, minha companhia certa da madruga
Das que aluga, te suga e quando você vê já foi
Sem boi. É vício, um passo pro precipício
A mente pensando adubo, tá pronto, solo propício
Coloca a vida em dúvida, esperança em dívida
Penhora que não volta, veneno de língua bífida

Mas ah, a sensação de paz que ela me traz
Me fez querer mais, cada vez mais
Quando eu vi era dia e o sol não me via ali
Eu quis sair mas não podia, maldita, prendia ali
O quanto eu perdi ali? Talvez nem seja quantia
Um resto de lucidez me trouxe o que me mantinha
Vivo pra ver o verso da bula que eu nunca li
Penso, porque eu achei que ia achar minha cura ali?
Quase que eu recaí, por pouco, mas hoje não
Descobri que eu só me escondi, tava louco de solidão

E era só placebo, percebo, que nunca fez efeito
Eu tentei dar um jeito mas não resolveu
Coloco a culpa em quem? A culpa é de ninguém
Na real nunca fez bem, você não percebeu
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