Deixei a pacata morada beijei meus pais e meus irmãos
Meu avô quando deu seu abraço : segue sua vida busca a profissão
Levei minha trouxa bem feita com um sorriso e a viola na mão
Olhava pro rumo da estrada só poeira e mata e um pedaço de pão
A minha primeira parada foi nos pés de um mangueirão
Olhava no céu a estrelas tudo a ver comigo adormeci no chão
Encontrei a primeira cidade foi nos lombos de um caminhão
Na casa das moças bonitas barganho a comida por minha canção
Na casa das moças bonitas barganho a comida por minha canção
Oi vida minha, galope livre feito um alazão
Cortando o vento distante de casa lembrança, saudade em meu coração
Oi vida minha, seguem bem longe pedaços de chão
Com a esquerda ensaio um aceno e apronto a destra pra um aperto de mão
Meu jeito de andar ligeiro, ou por prova de minha missão
De forma um sujeito matreiro de um modo atrevido e olhar de pagão
Saída pelas madrugas sem despedida, amigo ou paixão
Das janelas espiam escondidas as portas da vida rumo ao estradão
Das janelas espiam escondidas as portas da vida rumo ao estradão
Os calos que o tempo marcou semearam minha gratidão
O almoço quentinho na mesa, o seio, seu ventre minha criação
Por amor ou por prova de fé dominamos qualquer tentação
Ligados ao laço do sangue com caminho pra missa com salmo na mão
Ligados ao laço do sangue com caminho pra missa com salmo na mão
Aventuras pelo mundo afora seguindo o rumo para a imensidão
A mata mudando de cores e a passarinhada caçando o verão
Um calendário jogado a fogueira, nem me lembro qual a ocasião
Os anos vão devagarinho e eu cortando atalhos pedaços de chão
Os anos vão devagarinho e eu cortando atalhos pedaços de chão