Num canto do rancho, bem junto ao esteio
É onde eu mateio lembrando de ti
Ali eu rebusco na saudade infinda
A história tão linda que um dia eu vivi
Num pequeno espaço de um metro e pouco
Um desejo louco se apossa de mim
Revivo momentos que tive a seu lado
No amor contrariado que não teve fim
O rancho é tão grande, mas a minha vida
Com tua partida ficou por metade
Por isso um cantinho prá cantar meu verso
É um grande universo prá minha saudade
Aqui neste rancho que agora é tristonho
Onde o velho sonho insiste em viver
Num canto da vida fiquei atirado
Ao ser deserdado do teu bem-querer
Mesmo tendo o frio no meu tosco abrigo
Carrego comigo a esperança em brasa
Que tu te engarupe n’alguma saudade
E num fim de tarde me dê “oh! De casa!”