No dia em que apontaram o revólver na minha cabeça
Eu vi a morte perto, o coração bateu a mais de mil
Olhei em minha volta e a rua estava deserta
Com as mãos na cabeça implorei pro céu
Que o fim não fosse ali
Corri pro mato fui pulando cerca, e o coração na ponta do pé
"Olha pra frente senão passo fogo, segura a onda se quiser viver"
Eu tive muita sorte, escapei da morte. Eu nasci outra vez
Ainda lembro do sujeito do revólver da maleta
Dois carros indo embora e eu fugindo em outra direção
O mato era tão alto que cobria a minha cabeça
Segundo de silêncio e de tensão
Será que alguém me viu