Tocava no rádio uma canção
Dessas que a gente até para pra escutar
A voz suave tinha encantos
Pois pra falar de campo não requer gritar
A chuva chegava até a calçada
Você quase molhada pediu pra entrar...
Tomou um mate
Descontraída
Falou da vida
Até a chuva passar
Desprevenido
Molhou meus planos
Regou meus sonhos
De te amar
Passou a chuva
Veio o sol mas não secou
A minha alma encharcada de esperança
Ligo radio
Faço versos
Milongueio
Mas só te encontro
Nas curvas da lembrança
Espero a chuva
Feito um rio
Meu peito é canto
Bem estio
Outro dia, junto ao vidro da janela
De saudade o teu nome sussurrei
Por momento a silhueta do teu rosto
Na vidraça da janela vislumbrei
Se a terra ressecada espera a chuva
Caindo feita estrelas pelo chão
Pra mim cada pingo é diamante
Brilhando na palma da minha mão