Meus pés no chão cansaram por vagar
No meu quinhão
Me passam devagar
Sem luz, vacilam sombras
No chão de sobras
Me guardei no teu cinzeiro e não
Espelho e seio
O vão
No chão de sobras
Da mão, vacila a sombra
É por você que eu morro cada dia mais
Nos meus esquadros tortos
Desalinho os fatos
Deus é farto de saber
Eu nem falo
Me guardei no teu chaveiro à mão
Desfiei do parapeito ao chão
Linhas do tempo
É por você que eu refaço cada dia atrás
Me perco e acho que não deveria, mas
Eu sei que me diria
Pra não exagerar
Me guardei no teu chaveiro à mão
Do parapeito ao chão
Linhas do tempo