Uma multidão e um homem caído no chão,
Coberto com seus noticiários,
Quem pode julgar ? Quem pode entender ?
Aos 3 anos seu pai se matou,
Aos 5 o outro homem de sua mãe o espancou,
Aos 7 anos de idade p'ro orfanato ele entrou,
Perdeu a inocência nos braços do Diretor.
Extorsão, drogas pesadas, violência ele provou,
Aos 12 ele fugia, deixando morto um professor,
Quem pode julgar ? Quem pode entender ?
Uma multidão e um homem caído no chão,
Coberto com seus noticiários,
E o tempo passou, ele não se entregou,
Ele tinha que sobreviver,
Acabou perseguido, julgado e condenado
Por homens muito mais obcenos,
Que julgam saber a verdade,
De alguém que vive sem liberdade,
De alguém sem liberdade.
Quem pode julgar ? Quem pode entender ?
Perseguido por homens "fardados",
E pelos antigos "amigos" viciados.
"Não quero mais isto...
não quero viver do passado"
Quem pode julgar ? Quem pode entender ?
Quem pode julgar ? Quem pode entender ?
Na busca da sobrevivência,
A distração vem a consciência,
O zumbido do ar deslocado,
Sangue e miolos pelo chão espalhados.
Sonhos e inocência agora caem ao chão,
Cobertos com seus noticiários.
Quem pode julgar ? Quem pode entender ?