Ele nasceu de bate pronto num berço imenso
Que não cabe na palma da mão
Numa casa sem parede, sem ódio nem dor, destruição
Nada foi lhe obrigado, cresceu naturalmente
Ouviu a voz do coração e foi viver contente
O menino foi contente, curioso embriagado por saber
O menino foi contente, ele é o todo e tudo pode acontecer
Encarou o horizonte, recebeu o mesmo olhar
Encarnou o viajante sem medo de errar
Nunca levou desaforo, nem deixou de gargalhar
Se chorou foi de felicidade ao ver o mar
Alguém aí conhece ele? O filho do espaço-tempo
Alguém aí conhece ele? Acho que não
Alguém aí conhece ele? O filho do espaço-tempo
Alguém aí conhece?
Maracujá, laranja, mamão, tem lá
Erva pro chá
A terra lhe dava o chão
Mas sentiu falta algo, não sabia explicar
Conheceu a filha do espaço-tempo e foi amar
O menino foi amar, que beleza
Era ver sua menina mergulhar
O menino foi amar decidido
Que é assim que o mundo há de funcionar
Alguém aí conhece ele? O filho do espaço-tempo
Alguém aí conhece ele? Acho que não
Alguém aí conhece ele? O filho do espaço-tempo
Alguém aí conhece?