Carnaval de louco
Fazem uma catarse
Liberam a pressão
Afogam suas mágoas
Carnaval de louco
Jogam para o alto
Escapam da rotina
Atrás da fantasia
A festa da rua não para nas cinzas
A negra cintura que muda a cultura
da branca loucura, da branca tortura
Carnaval de louco
Dançam por dançar
Começam na folia
Não vai terminar
Carnaval de louco
Unidos pelo ébrio
Às vezes no pandeiro
Às vezes no punhal
Os anjos pelo céu
trocam suas harpas
mudam por tambores
de pele bronzeada
As damas do império
se perdem na linguagem
mudam no seu jeito
seu negro rebolado
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