Havia um sapo que queria ser beijado
E logo trasnformado em príncipe encantado
Mas ao invés de um beijo veio à boca um gosto amargo
Um percevejo, fétido inseto, amaldiçoado
E a princesa pura que era sua cura nao o perdoou,
Mau cheiro exalou quando pisou
Nos seus nobres e sinceros sentimentos
Se esqueceu de todos os momentos
Trouxe angústia e sofrimento
Por ressentimento
E esqueceu que o sapo era um príncipe
E queria mais que tudo seu afeto
Com orgulho o puniu severamente
Pois a princesa tinha asco de inseto
Eu me alimento dos insetos que te fazem mal
Eu sobrevivo e o seu pântano é o meu quintal
Não quero mais seu beijo
Eu nem mais te desejo
Só espero me livrar do gosto amargo
Desse percevejo
E a princesa pura cheia de amargura
Transformou doçura em escuridão
Com tantas virtudes, tantas atitudes,
Preferiu rancor ao perdão
(ódio, nojo, desprezo, indiferença)
É quando a erudição se faz ignorância
Pelo simples ato de ignorar
E o sapo mascarado perde as esperanças
Da princesa um dia voltar