Vou encurtando caminhos
No lombo do meu ruano
Curtindo sol e mormaço
Geada e vento minuano
Nos tentos restos de amores
De algumas chinas que tive
Maneias que não maneiam
Quem nasce para ser livre
Tiro tentos de saudade
Lonqueando recordações
Deixo laços de amizades
No entreveiro dos galpões
Carrego um pouco de lua
No tordilho da melena
E o rebenque da experiência
Deu-me a estampa serena
No sossêgo das estâncias
Solto pra invernada o pingo
Faço cordas, domo potros
Dois meses e estou partindo
E trago dentro de mim
A gana de gauderiar
Sem rumo busco meu rumo
Um dia vou me encontrar
Ainda faço querência
Neste viver estradeiro
E mato sede andarenga
Do meu destino tumbeiro
Этот текст прочитали 102 раз.