Antes da visão havia tua voz
Antes da razão a tua era por nós
Tanta provação
Num mundo de um sozinho
E tanta assombração num quintal vizinho
Me entrego agora
Como quem quer descansar
De não ser, o que quer
Como um aborto da memória
Como um cego a se enxergar
Não sou mais do que um medo de lhe mostrar
Que eu não sou quem você criou
E tento não levar embora
O que de bom deixei em ti
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