Pode me chamar de caipira
Sou mesmo matuto
Não me importo com o que falam de mim
Sou mesmo assim
Cara de “brabo”
Traje de peão
Botina cheia de terra
Calo nas mãos
Mas de um coração “bão”
Aqui no mato eu vivo a natureza
Mas que beleza!
Da terra brota, flor desabrocha
O sabiá vem cantar
Bem de “manhazinha”
Aqui tem café no fogão
Quitutes na mesa
Aqui tem muita fartura
Agradeço a Deus
Eu aqui no sertão com a minha família
Eu não sei o que é solidão
Quando é lua cheia la na varanda
Tem moda de viola a noite
Cantigas lindas são relembradas
Mas se o galo canta
Vai começar outra jornada