Figueira velha do terreiro da fazenda
Tu não és lenda, é história de amor
Em tua sombra minha vó tecia renda
Da lida dura descansava o vovô
Quando o sol crespulava o horizonte
Em tua copa o sabiá vinha cantar
E seduzido com a nuança de tuas flores
Os beija-flores vadios vinham te namorar
Papai chegava fadigado do trabalho
Em tua sombra ele ia descansar
Mamãe com ele se sentava e proseava
Só iam pra casa quando o sol ia se deitar
Figueira velha tu és mansa e idônea
Igual a amazônia que os fungos vivem a matar
Que deus te livre as queimadas e carvoeiras
Da abiose das matas que os homens queimam