Vejo uma tropa que passa naquela estrada
No passo leva a boiada vai descendo o chapadão
E o madrinheiro na frente com o cargueiro
Pra fazer o carreteiro naquele fogo de chão
Vai o tropeiro na imensidão desse pampa
Bebendo canha na guampa e o amargo chimarrão
Finda a tarefa , deixa o gado na charqueada
Levanta de madrugada e faz o fogo de chão
Volta o tropeiro rever a sua gaúcha
Tem um laço que lhe puxa pra um baile de galpão
E o gaiteiro puxa o fole da cordeona
E a peonada canta verso perto do fogo de chão
Hoje da estância da saudade eu sou tropeiro
Sonho com o carreteiro pela estrada do rincão
Das troperiadas eu sinto grande saudade
Das festanças do meu pago e do velho fogo de chão