De alma campeira levo a vida num upa
Com a querência xucra em minhas campereadas
De marcha batida no trono dos bastos
No bater de cascos sigo minha jornada
Levo minha sina no fole da gaita
Na vida de taita em fandangos de galpão
Tenho a poeira do chão entranhada na alma
Com paciência e calma honrando o meu chão
De alma campeira com ciência de campo
Neste pago santo de verso e querência
Laçando e domando vou de pé no estribo
Num trancão antigo sem perder a essência
De alma campeira eu cumpro meu papel
De atar o sovéu nas canchas e rodeios
Na magia antiga de sorver um mate
E enfrentar embates por sobre os arreios
Trago minha terra em tudo que eu canto
Por onde eu ando levo minhas origens
E deixo as matizes em tudo que eu faço
Em cada gaitaço honrando o meu manto