Gildo de Freitas - Desafio de Memórias Тексты

Gaúcho Gildo de Freitas
Eu não vim para vencer
Eu vim lá de Portugal
Somente para te ver
Aproveitando o ensejo
Vim aqui te conhecer


Vens aqui me conhecer
E ainda me encontras vivo
Eu aqui estou às ordens
Ainda forte altivo
Porém fiquei curioso
Para saber o motivo


Para saber o motivo
Tua voz eu conhecia
Só duas coisas no mundo
Que o meu coração queria
Conhecer Gildo de Freitas
E o porto da Bahia

Rico porto da Bahia
Coberto de encantos mil
Vais conhecer Salvador
De povo puro e gentil
Por ali a tua gente
Penetrou neste Brasil


Penetrou neste Brasil
Bonito e cheio de glória
Eu já vi que tu entende
Bastante da nossa história
Vamos cantar neste assunto
Provar que temos memória


De fato temos memória
E vamos puxar por ela
O professor me dizia
Que era treze caravelas
Governada à pá de remos
E motor tocada à vela


E motor tocada a velas
Saíram de Portugal
Provaram grande heroísmo
Para todos em geral
Arriscaram suas vidas
Pelo teu torrão natal


Tens razão, este Brasil
É o meu torrão natal
A não ser a tua terra
Jamais se encontra outra igual
Por isso Deus salve alma
De Pedro Álvares Cabral


De Pedro Álvares Cabral
O famoso marinheiro
Atravessou o Atlântico
De olho vivo e pé ligeiro
Para conhecer de perto
Vosso índio brasileiro


Nosso índio brasileiro
Selvagem de nossa mata
Também levaram daqui
Muito ouro e muita prata
Por causa dos portugueses
O meu Brasil tem mulata


E o teu Brasil tem mulata
O senhor quer gozação
Quando falou em mulata
Notei na sua feição
Que o senhor tem algumas
Dentro do seu coração


Dentro do meu coração
Adivinhou com certeza
Tenho mulata alemã
Brasileira e japonesa
Tenho de todas as raças
Só me falta a portuguesa


Só te falta a portuguesa
Agora fiquei contente
Porque eu já sou casada
Não sou mais uma inocente
Minha raça se defende
Por se muito inteligente


Por ser muito inteligente
Te julgas ser avançada
Mas eu já vi portugueses
Fazerem cousas erradas
Fazer tramela redonda
E fazer roda quadrada


E fazer rodas quadradas
Conforme estais explicando
Os inventores das coisas
Sempre começam errando
Eu nasci para cantar
E nunca errei cantando


Tu nunca erraste cantando
Eu gostei do teu assunto
Mas se um dia enviuvares
Reza pelo teu defunto
Me procura novamente
Pra nós dois cantarmos juntos
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