Peço licença a vocês
Pra uma história eu contar
De um nordestino sofrido
Que vive pra lá e pra cá
Deixa mãe, deixa pai
Vive só no vem e vai
E ele vem, e ele vai
Fica só no vai e vem
Não sabe o que fazer mais
Quando o Norte tá ruim
Ele se manda de vez
Vai lá pras terras do Sul
Deixando tudo o que já fez
Aí um pedaço de si
Vai ficando para trás
Toma dinheiro emprestado
E no clandestino vai
E lá na terra da garoa
Ele tenta, tenta, tenta
Não consegue um emprego
Fica triste e se lamenta
E passa quatro, cinco meses
E nada de trabalhar
E não tem outra solução
De novo tem que voltar
Só que não tem como voltar
Pois o dinheiro acabou
E ainda tá devendo
Ao dono da excursão
Que lhe levou
Mas ele chora, ele implora
Pro cara levar de novo
E outra vez ele retorna
De volta para o seu povo
A volta para a sua terra
É de cortar coração
A seca tá castigando
Todo o vale do sertão
Tá se acabando tudo
Até o mandacaru
De novo dá um jeitinho
E volta pras terras do Sul
Mas nem tudo é só tristeza
Tem àqueles que são bem
Que gostam de viajar e ficam só
No vai e vem
Conseguem ganhar dinheiro
Viajam por opção
Ficam só de norte a Sul
Viajando de avião
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