Eu queria me arrepender,
De tudo aquilo que eu fiz pra você.
Eu não posso mais julgar,
Perdi a conta de quantos peitos eu já rasguei.
Mentira se eu disser que eu já não me importo mais,
Mentira se eu disser que eu deixei tudo pra trás,
Por não ter vocabulário pra explicar.
São versos e mais versos sem poder nem enxergar,
Verdades que tão cruas, jorram sangue pelo alto e eu,
Confesso, eu não vivo mais em paz.
Fingir ser quem não é.
Sorrir só pra confortar.
Em meio à luz acesa, traço planos de escapar.
O ronco da cadeira já me faz desconcentrar,
Um livro é o que eu preciso pra ter mais.
Eu chego em casa cedo sem ninguém pra um ‘olá!’.
A noite não foi boa e outra vez vou me afogar,
Um copo de bebida despojar.
Eu não sei por que ainda tento mostrar ser forte pra todo aquele que me faz mal.
Eu sou indivíduo provisório. Eu não sou dono de nada aqui.
Sou adeus.
Fingir ser quem não é.
Sorrir só pra confortar.
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