Viver pra vida é lutar, acreditar
Que dá uma saída, que a dor traz rancor
Mas se cura com o tempo, que mais vale um pensamento
Do que um ato violento, que corroí por muito tempo
Por dentro, no fundo de um cela pagando pena
Por não ter pena na cena, menos um na favela
Sequela que não quero no meu povo
Quero ver a molecada se formando, estudando
Pra poder vira o jogo
E de novo, mostrar que é capaz
De lutar, correr atrás, paz, um soldado a mais
Informativo, educativo
É só um toque, é só um aviso
Rap nacional, som fundamental
É o que liga, é o que pira
Eu digo: "viva"
Não deixe morrer, quem precisa de você
Luta pra crescer, luta pra vencer
Se o tempo é o nosso rei
Então nós temos que correr
Outro dia lá na quebra, num rolê
Vi dois manos na loucura, na mistura
Se perder, se foder
No DB, vendo de manhã
O sol quadrado nascer
Agora eu sei que o futuro é improvável
É inegociável, deu vacilo, de mancada
O fim é triste, lamentável
Explora uma maldade
Aniquila nossos sonhos por vaidade
Te deixam na miséria, na calamidade
Muitos tentam a todo momento nos jogar
Para o fundo do buraco
Traço a linha reta
Pra seguir sem pilantragem
por que treta, violência, mó viagem
Só resulta em dor, te trago uma flor
Representando amor
Pensa na sua vida por favor
E que construa o seu império de maneira consciente
Tipo assim; estudando, trabalhando, expandindo os seus conhecimentos
Pra que seu passado não perturbe seu presente
Seu futuro seja mais
Diferente, interessante
E que os moleques sossegados
Longe dos pé de breque
Sigam sempre a frente
Vivam mais contente
Sempre com a paz na mente
A pampa, bem tranquilo
Longe da delinquência
Que só existe pra poder ferrar a nossa gente
Pra ferrar a nossa gente
Viver, viver
Viver pra vida
Vivo pra vida irmão
Cuidadoso e ligeiro
Respeito é fato
E o fato é ser guerreiro
Eu vou na paz do Senhor, sou mais um pecador
Na corrida do ódio
Vou plantando o amor
Eu corro atrás do bem
Tô esperto com o mal
Pregador, guerrilheiro
Eu vou que vou, to legal
Me espanto com a cena
Olha lá o moleque louco, louco na fita
O extremo da febre, viciado, largado
Jogado, esquecido o futuro do Brasil
Escolheu o cachimbo
Na mistura, loucura
Na doideira, fissura
Viaja sem parar
Sua vida afunda
E na carreira ele pira
Não quer mais parar
Perdeu a mina, família
O seu negocio é cheirar
Não ladrão, ai não é viver
Padecer no paraíso, seu final é morrer
Mas quem escolhe é você
A grade ou a liberdade
É o preço da loucura
Cheira sangue cumpadi
Sobreviva, morou?
Você é capaz?
A favela é o palco, representa rapaz
Cada um, cada um!
Já ouvi dizer!
Mas pra mim sangue bom
Malandragem é viver!
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Viver, viver
Viver pra vida