Partir, tropear
Trançar os tentos do tempo
Tropear no sol matutino
Pelos campos do destino
Nunca ninguém se esconda
Não há descanso na ronda
Deste viver peregrino
Seguir os cascos filhos do chão
Seguir, a chegada é bem distante
No rastro vivo do instante
Caminhos há sempre dois
Um de antes e um depois
No sempre andar adiante
Rasgam os raios os véus do céu
Corre que corre sebruno baio
Chapéus e ponchos
Homens muy conchos
Tropas de maio, tropas de maio
Gado de cria, gado de corte
Tropas da sorte e de invernar
Viajam da vida uma partida
Nunca chegar, nunca chegar, nunca chegar
Tocar essas tropas da existência
Tocar desfiando seu novelo
Parceiros no pelo a pelo
Até a hora do desmonte
Rompendo o fio do horizonte
Que o infinito é o sinuelo