Olhos rasos d’água
Um fio de voz solto ao mar
Marejando a noite
A lua em flor
Serenando eu te esperar
Marés e manhãs
Peraus da dor
No olhar
E um saveiro a passar
Ânsia e sede em mim
Um acalanto que mais parece sem fim
Atormenta a ilusão
De seguir até achar
Entre as pedras do cais
Rente aos meus pés
Vi brotar
A flor do teu jamais
Cais e revés
Um eterno exasperar
Nessa espera, mergulho no mar de ti