A note encobre
Romances que se perdem
Em promessas de prazer
O brilho pobre
Das luzes que envolvem
Desejos de poder
Faces ocultas
Na multidão dos solitários
Refletem o que sobrou
Do riso que outrora
Adornou os teus lábios
E nunca mais voltou
No limbo dos pecados
Sonhos são deixados
Vejo a inocência se perder
Muito além
Do que os olhos dizem
Filhos da noite
Tentando se libertar
O gosto amargo
Do que os vícios trazem
Filhos da noite
É hora de despertar
À procura de abrigo
No berço da miséria
Das vozes do passado
O simples desprezo
Transforma a matéria
Em sombras ao acaso
Cartas marcadas
E dados viciados
Decidem tua sorte
A vida não passa
De um jogo de azar
No nascer até a morte
Resta observar
A grande roda girar
E decidir quem vai sentir a dor